Peças: Você sabe diferenciar?

Nem sempre a peça barata é de confiança. O reparador deve ficar de olho na qualidade para não colocar sua reputação em risco.

No mercado de reposição, existem diferentes tipos de peças: as originais, as remanufaturadas, as recondicionadas e as piratas. O reparador, principal consumidor de peças, deve ficar sempre atento à procedência do item que está usando em sua oficina. Isso porque, além de algumas não serem de qualidade ou recomendadas pelos fabricantes, é a reputação da oficina que está em risco.

É importante ressaltar que existem normas técnicas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que definem a categoria de cada peça. No que se trata desse tipo de produto, a norma regente é a ABNT 15.296, que diferencia cada tipo de item.

Devemos estar atento principalmente ao uso de peças piratas, pois, o responsável pela utilização destes produtos pode responder a processos criminais pelo uso de itens sem especificação. Quem é surpreendido vendendo produtos falsificados, por exemplo, pode responder a processos enquadrados no Código de Defesa do Consumidor e na Lei da Propriedade Industrial. E mais: em caso de acidentes com lesões corporais ou morte por conta da instalação de peças falsas nos carros, o processo pode ser penal, e, na melhor das hipóteses, o profissional poderá arcar com o prejuízo financeiro do conserto do veículo.

Portanto, a dica é sempre usar peças originais, recomendadas pelas montadoras e vendidas principalmente em concessionárias. Essas peças passam por rigorosos testes de qualidade e testadas com equipamentos de tecnologia de ponta, antes de serem usados nos carros que saem das montadoras.


Peça de reposição original

Também chamada no mercado de genuína ou legítima, essa peça é destinada a substituição original da peça (que integra o produto original), para manutenção ou reparação. Ela é feita pelos mesmos processos de fabricação da montadora, inclusive com as mesmas tecnologias, e apresentam as mesmas especificações técnicas da peça que foi substituída. As peças originais são as mais confiáveis, pois possuem garantia, segurança e duram mais tempo.


Peça Pirata

A comercialização de produtos falsificados e piratas é crime e pode ser enquadrada em vários artigos previstos por Lei, inclusive com responsabilidades penais. No setor de reparação, o estabelecimento que for surpreendido vendendo produtos falsificados pode sofrer sanções administrativas dos representantes, será enquadrado na Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), no Código de Defesa do Consumidor (artigo 65) e no código Penal (artigos 132).


Fique atento!

1. Se o preço está muito abaixo do praticado no mercado, recuse. Não existe promoção milagrosa que reduz o valor de um produto de marca pela metade do preço;
2. Procure sempre adquirir produtos em varejos confiáveis. Se você é varejo, compre apenas de distribuidores conhecidos e oficiais;
3. Peça sempre nota fiscal;
4. Confira as embalagens dos produtos. Nenhuma empresa séria permite erros de gramática;
5. Em caso de dúvida, consulte o call center técnico da empresa.